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Ouça: Famurs se organiza para possível compra de vacinas

Convidado: Presidente da Amvat, Emanuel Hassen de Jesus
Data: 3/3
Assuntos:

  • Reunião com consórcios;
  • Autorização para aquisição;
  • Cenário dos hospitais;
  • Medidas de restrições;

Os prefeitos e governadores estão se organizando para a compra de vacinas contra a Covid-19. A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), por exemplo, está mobilizada para a criação de uma comissão de trabalho com os consórcios públicos do Estado com este objetivo. São mais de 20 consórcios que contemplam todos os municípios gaúchos.

Segundo o presidente da entidade, Emanuel Hassen de Jesus, foi feita uma reunião com os consórcios para debater o tema para caso seja necessária a compra de vacinas diretamente pelos municípios. O presidente comenta que “o caminho para fazer isso é por meio dos consórcios públicos”. Ainda assim, ele espera que isso não seja necessário e que o governo Federal adquira as vacinas. “São quase 50 dias de vacinação e não chegamos a 4% da população vacinada. No ritmo que estamos, vamos levar mais de três anos para vacinar todo o povo brasileiro”, disse.

No momento, a compra direta das vacinas, sem passar pelo Governo Federal, ainda não está autorizada. Segundo Hassen, ontem, o presidente vetou dois artigos de uma medida provisória que trata sobre isso. “À noite, foi aprovada no congresso uma lei autorizando, que agora vai à sanção do presidente da República”, detalha.

Hassen explica as vantagens da aquisição por meio de consórcio em vez de individualmente pelos municípios. Segundo ele, a principal vantagem da compra coletiva é a quantidade, pois quem compra mais tem vantagem de comprar o produto primeiro. “E também para que não haja uma disputa entre municípios do Estado. Assim, quando um conseguir, que todos consigam”, complementa.

Sobre os hospitais, ele disse que já passamos da situação crítica: “estamos em situação de calamidade”, enaltece. Hassen comenta sobre as filas de espera e reflete que se alguém precisar de leito de UTI por causa de um AVC, infarto ou acidente de trânsito, não terá leito. “Estamos em um sistema extremamente grave de colapso total, em que precisamos urgentemente reduzir os números de internações, e isso é possível adotando as medidas de restrição que foram impostas e vacinando a população”, destacou.

Crédito da foto: Arquivo pessoal

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