Espaço Aberto 

Ouça: CREAS promove ação em combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Convidadas: assistente social que compõe a equipe técnica do CREAS, Leila R. Ponciano, e a psicóloga e coordenadora do CREAS, Fernanda D. Marques
Data: 17/5

Assuntos:

  • Ação em combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes;
  • Ação ocorre nesta quarta-feira;
  • Distribuição de materiais informativos;
  • O trabalho desenvolvido pelo CREAS;
  • Sinais de alerta e a prevenção.

O CREAS promove ação em combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Quem trouxe informações sobre este tema foi a assistente social que compõe a equipe técnica do CREAS, Leila R. Ponciano, e a psicóloga e coordenadora do CREAS, Fernanda D. Marques, no Espaço Aberto na manhã desta segunda-feira (17/5).

De acordo com a psicóloga, a ação que o CREAS está programando ocorre nesta quarta-feira e visa mobilizar toda a comunidade teutoniense, referente à exploração sexual de crianças e adolescentes. Um material que foi produzido pelo Centro estará sendo distribuído a toda a comunidade, desmistificando esse assunto que ainda é um tabu, coloca Fernanda.

O CREAS é um serviço ligado à assistência social, que trabalha no apoio e orientação às vítimas de violação de direitos. O serviço tem acompanhado essas demandas, que entram no serviço principalmente pelo Cras e pelo Semear. É um local que acolhe vítimas e sua família.

A assistente social explica que essas informações serão propagadas por uma equipe que estará nas sinaleiras entregando o material escrito, fazendo este alerta e provocando uma reflexão sobre este assunto. Leila ressalta a conscientização da população, chamando a comunidade a denunciar qualquer suspeita de abuso ou exploração sexual, pois o cuidado é dever de todos.

Os casos de abuso e exploração sexual costumam chegar até o serviço através de denúncias, que podem ser feitas de forma anônima. Denunciar é uma forma de fazer o bem para essa criança. A psicóloga explica que a violência não precisa ser necessariamente o ato sexual, mas também uma negligência, violência psicológica ou a educação com agressões físicas.

Há alguns sinais de alerta que devem ser observados, mas que variam de criança para criança e dependendo da idade. A assistente social fala sobre a mudança brusca de comportamento, mudanças no sono, comportamentos sexualizados, instrospecção, entre outras. Leila enfatiza que nada isolado quer dizer que aquela criança sofre de abuso sexual, mas é importante um olhar atento sobre isso tudo.

O CREAS divide os casos em três tipificações, violência física e psicológica, negligência e abandono e situação de abuso sexual contra crianças e adolescentes. No ano passado o serviço atendeu 63 casos e a coordenadora pontua que parece ser um número baixo, mas muitos casos não chegam a ser notificados. Há famílias que fazem o possível para não serem expostas, algo que acaba dificultando o trabalho do serviço, já que possui uma equipe e ambiente preparados para acolher e orientar estas famílias.

Em relação ao abusador, as profissionais colocam que ele não possui um perfil nem classe social. A assistente social frisa que a comunidade deva acreditar na vítima, escutando-a e protegendo-a. O ambiente escolar também é ressaltado ao longo da entrevista, por ser um local em que as crianças se sentem confortáveis e costumam trazer informações e demonstrar sinais.

Créditos da foto: Luciana Brune

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