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Ouça: Prefeito comenta cenário da pandemia e enaltece reserva financeira para vacinas

Convidado: Prefeito de Teutônia, Celso Forneck
Data: 13/3
Assuntos:

  • Cenário da Pandemia;
  • Hospital Ouro Branco
  • Recursos do governo;
  • Cobrança dos comerciantes;
  • Vacinação

Em Teutônia, o cenário da pandemia se agrava a cada dia. Esta semana, chegou-se a 40 óbitos, oito só nos últimos cinco dias. Ao longo dos 70 dias de 2021, houve mais mortes por Covid-19 do que em todo o ano de 2020. Para o Prefeito Celso Forneck, mesmo diante dos dados, ainda há muitos que não acreditam na pandemia. “A doença avançou muito, se agravou muito e com uma letalidade maior”, conta.

Mediante ao cenário, também há a alta ocupação de leitos no hospital Ouro Branco. O custo de leitos Covid, em comparação com os demais leitos clínicos, é 50% maior. Ainda, o custo de leitos semi-intensivos, em comparação aos leitos clínicos, é 70% mais caro. Por isso, a prefeitura abriu um processo de licitação para repassar insumos ao hospital, “mas em processos de prefeitura, a coisa é mais lenta. Você tem que abrir um processo de licitação, captar os fornecedores, ver o mais barato, passar pelos vereadores, aprovar, e aí pode destinar”, conta

Esse foi o caso do que aconteceu com a construção do subsolo do centro cirúrgico do Hospital Ouro Branco, onde devem ser alocados mais de 20 leitos Covid. “É alarmante ter 40 leitos e estar sempre beirando os 36, 38 (ocupados)”, conta. Para agilizar a saída dos pacientes, foram adquiridos onze cilindros de oxigênio para que pacientes possam finalizar sua recuperação de casa. São onze pessoas que poderiam ocupar vagas no hospital, mas podem se tratar em casa. “Tentamos ampliar o número de cilindros, mas não tem mais fornecedores”, lamenta. Quando o paciente tiver alta, cilindro é repassado para outro paciente.

No ano passado, as cidades receberam recursos do Governo Federal para dar conta das demandas da Covid-19. Forneck explica que ainda antes de assumir a gestão, os valores foram destinados ao hospital, aos ateliês, à compra de testes da Covid-19 e outros destinos. Este ano, todavia, nenhum dinheiro entrou com este objetivo. “A gente não faz, com o dinheiro da prefeitura, o que a gente quer. Precisamos seguir regras rígidas, e isso é bom e necessário. Estamos na expectativa de receber recurso do Governo Federal, mas por enquanto não há sinal”, enalteceu.

O prefeito também comentou sobre a cobrança dos comerciantes para que possam trabalhar. Segundo ele, o governo do Estado está inflexível neste sentido. Já sobre a vacinação, ele enalteceu que há uma verba reservada para quando os municípios puderem comprar suas vacinas, e o município já integra dois consórcios com este objetivo.

Créditos da foto: Arquivo

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