Aluno da Apae de Teutônia é classificado para competição esportiva em São Paulo

Na manhã desta
terça-feira (08/10), a Apae de Teutônia foi informada que um de
seus alunos, Leandro Rian Rodrigues, foi classificado para participar
da etapa nacional das Olimpíadas Escolares, que acontecerão dos
dias 18 a 23 de novembro, em São Paulo. A conquista se deu após a
participação dele e mais cinco alunos da Apae no Campeonato
Paradesportivo Estudantil do Rio Grande do Sul (Paracergs), que
trouxe dez medalhas para o grupo.

Durante a competição
estadual, Rodrigues conquistou o 2º lugar no arremesso de peso, no
salto em distância, e o 3º lugar na corrida 400 metros, categorias
em que ele irá competir no nacional. Rodrigues representará a
delegação gaúcha com outros 23 atletas em uma competição
realizada no Centro de Treinamento Paraolímpico, em São Paulo. “A
nossa Apae nunca tinha participado de uma paraolimpíada nacional. É
uma honra estarmos representando o estado em um evento tão grande
como esse”, comenta a professora de Educação Física, Evelin
Elisa Aschebrock Pacheco.

No Estadual

Muito além de
esporte, a oportunidade foi de libertação e independência para os
estudantes, que raramente tem a experiência de arrumar malas,
viajar, se hospedar em um hotel, se alimentar, participar de uma
competição, tudo isso sem o auxílio dos pais. Os alunos, ainda
tímidos, não falaram muito sobre a experiência, mas garantiram que
gostaram e irão colocar as suas medalhas em um local especial. Além
disso, já anunciaram que querem ir de novo na próxima oportunidade.

Segundo a professora de Educação Física, Evelin Elisa Aschebrock Pacheco, a competição estadual foi a demostração de diversos exemplos de superação. “Alunos com limitações físicas muito grandes estavam fazendo coisas que a gente não faz. Treinam, se dedicam. A alegria deles recebendo a medalha não tem preço”, relata a professora, que os acompanhou na viagem.

Apae de Teutônia
estará, também, em Manaus

Além dele, nos
mesmos dias, outro aluno da Apae representará o estado em Manaus, no
Amazonas. Jones Sebastião Nunes de Moraes participou do Festival
Regional Nossa Arte em 2018, no município de Taquari. Ele se
classificou para a etapa estadual, que foi realizada em maio deste
ano, em Teutônia, momento em que cerca de 800 alunos se fizeram
presentes.

Na ocasião, ele ficou em primeiro lugar na categoria Arte Literária, garantindo sua vaga no nacional. Jones escreveu um texto intitulado A Borboleta Crisálida, em que ele fala sobre a historia de vida dele e todo o processo de reabilitação que passou. “Nesta semana, esses dois alunos estarão indo para eventos nacionais representando a escola e mostrando as capacidades dos nossos alunos especiais”, comemora Pacheco. O texto segue abaixo:

Crédito: divulgação
A BORBOLETA CRISÁLIDA
Jones Sebastião Nunes de Moraes

Em um jardim bonito e grande havia uma árvore e três lagartas que eram bem amigas. Aonde uma ia, as outras iam também. Chegou a hora de virar casulo.
Na primavera, uma saiu do casulo, tornando-se uma borboleta linda: a borboleta Lili. Ela esperou as duas amigas saírem. A outra saiu também do casulo, era mais bonita ainda. Era a Naná. A terceira também bela, a borboleta Crisálida.
A Lili e a Naná saíram para voar em todo o jardim. A Crisálida queria voar e não conseguia porque ela tinha uma asinha pequena. A Lili e a Naná perguntaram se ela queria voar e a Crisálida falou:
-Claro, mas não consigo.
Então a Naná falou:
-Tive uma ideia: cada uma de nós vai pegar de um lado e ajudamos você a voar.
As três voaram pelo jardim. A cada meia hora, a Lili e a Naná colocavam a Crisálida num galho para descansar um pouco. Mas a Crisálida queria ser independente, queria voar sozinha.
As três pensaram, o que poderiam fazer. E foram falar com a dona Coruja que era muito inteligente. A dona Coruja, como boa mestra, falou:
-Acho que tive uma ideia. Vou falar com a dona Aranha.
A dona Aranha olhou a Crisálida, pensou, pensou, e falou:
-Eu tenho uma ideia para você voar, mas, para isso, precisa ter força de vontade e nunca desistir.
Começou a treinar a Crisálida. Quando ela estava melhor, a dona Aranha, com a sua teia, fez outra asa e assim a Crisálida pode voar sozinha e as três amigas voaram a vida inteira naquele belo jardim.

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