Espaço Aberto 

Ouça: Apante planeja ações durante pandemia

Convidadas: Presidente Sirlei Dummel e tesoureira Queli Klein;
Data: 17/3
Assuntos:

  • Ações na pandemia
  • Arrecadação de recursos
  • Voluntariado
  • Castração
  • Denúncias

A Associação Protetora dos Animais de Teutônia (Apante) é uma ONG voluntária que atua no resgate, adoção e orientação no que diz respeito a animais em vulnerabilidade. Ela conta com aproximadamente 50 voluntários, mas cerca de dez participam ativamente das ações mais urgentes. A pandemia trouxe novos desafios para a entidade, que não pôde mais realizar eventos para a arrecadação de recursos, como brechós, pedágios, feiras de adoção e a Cãominhada.

Por isso, a entidade pensa em outras formas de arrecadar recursos. A presidente da entidade, Sirlei Dummel, conta que um Drive Thru de lavagem expressa de automóveis é uma alternativa. “Essa ideia foi desenvolvida nos Estados Unidos, então pensamos em fazer semelhante. É algo que não gera aglomeração e o valor que arrecadamos é 100% passado para ONG”, conta. Para isso, o gasto seria com a água, posto que empresas parceiras podem encaminhar os produtos necessários.

Outra alternativa é o credenciamento da comunidade para contribuir através da conta de energia elétrica junto à Certel, quando as pessoas podem destinar valores mensais para a Apante, através de cadastro feito diretamente com a ONG. “Esse valor a Certel nos repassa e usamos para pagar contas de veterinário, ração e outros”, detalha a presidente.

Conforme a tesoureira Queli Klein, a entidade ganha cerca de R$ 1.300,00 mensais que provém da conta de luz e de doações espontâneas de pessoas e empresas. “Só que a despesa é bem maior. Sempre temos dívidas em clínicas veterinárias e agropecuárias. Temos mais saída do que entrada”, disse. Sobre isso, também esclarece que a administração pública não encaminha nenhum valor para a entidade atualmente.

Mesmo com a pouca verba, a entidade recebe muitas denúncias, desde animais atropelados, agredidos, até pessoas que simplesmente não querem mais ficar com animais. “As coisas que vemos neste nosso trabalho são inaceitáveis”, lamenta a presidente. “Nós, com R$ 1.300,00 fixos, não podendo fazer eventos, fica uma situação muito complicada”, conclui.

A tesoureira destaca que, às vezes, são oito denúncias diárias e os voluntários também trabalham. “Então vamos assim que possível, de noite, no final de semana. Se saímos do trabalho ou fora de hora, não recebemos nada e não cobramos nem um real de combustível””, relata ela. A tentativa é conseguir apadrinhar os animais, mas muitas vezes os animais recolhidos não são adotados e as casas dos voluntários ficam lotadas.

Ainda, elas destacam a necessidade da castração de animais. Conforme a tesoureira, o município tem um programa de castração de cães e gatos. “O valor que eles repassam para isso é um pouco baixo e não tem como atender toda a fila, mas a ONG também trabalha nesse sentido com a castração a baixo custo”, relata. Com isso, pessoas podem procurar a entidade e serem encaminhados a veterinários parceiros para castrar a baixo custo, mas precisam se enquadrar nas regras. Não podem ser animais comprados.

Créditos da foto: Arquivo pessoal

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